Grandes Mulheres Que Lutaram E Ajudaram A Mudar O Brasil.


Ontem foi o Dia Internacional da Mulher. Esse dia não existe para que você compre rosas e saia distribuindo por aí e sim para lembrar da realidade de maus tratos e inferioridade que mulheres já viveram (ou ainda vivem em alguns lugares do mundo) trazer à tona a necessidade de igualdade, que ainda não existe por completo. Nossas mulheres desempenham um extraordinário papel na sociedade atual, ganhando cada vez mais destaque e valorização, mas infelizmente a desvalorização ainda existe, acompanhada ou não por violência física, sexual, psicológica e econômica, além muita falta de respeito.
Então hoje vamos contar um pouco da história das mulheres brasileiras que lutaram para tornar a vida de outras mulheres brasileiras um pouco melhor e a acabar com o conformismo.

Maria da Penha (1945 – )

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Em 1983, Maria da Penha, farmacêutica bioquímica com mestrado em parasitologia, recebeu um tiro do marido, professor universitário, enquanto dormia e ficou paraplégica. Depois de passar um longo período no hospital, seu marido a manteve presa em casa e cometeu contra ela várias outras agressões, incluindo uma tentativa de assassinato por eletrocução. Esse fato a levou a buscar ajuda da família e a conseguir uma autorização judicial para sair de casa com as três filhas.
Depois de várias medidas para ver seu agressor preso, seu caso tomou conhecimento internacional e deu origem a uma proposta de lei que foi encaminhada para o Congresso Nacional, visando proteger as mulheres de agressões semelhantes. Surgia aí a Lei Maria da Penha.

Ellen Gracie (1948 – )

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Foi a primeira ministra e a primeira presidenta do Supremo Tribunal Federal (STF), participando de tomadas de decisões muito importantes para a população entre 2000 e 2011, como as sessões sobre o mensalão, pensão por morte e o caso Goldman. Também participou da aprovação, no STF, da união civil homoafetiva. “O reconhecimento responde a um grupo de pessoas que foram humilhadas, cuja dignidade foi ofendida, cuja identidade foi denegada e cuja liberdade foi oprimida”, justificou na época.
Em relação à participação das mulheres em casos de liderança, afirmou que “só pode ser benéfica à humanidade, pois as mulheres trazem consigo características que têm faltado e são extremamente necessárias para a condução da economia e da política internacionais”

Rachel de Queiróz (1910 – 2003)

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Foi Professora, jornalista, romancista, cronista e teatróloga, sendo a primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras. Eleita para a cadeira nº 5, em 4 de agosto de 1977. Em suas obras, relatou os problemas do Nordeste, como a seca.
“Gosto de palavras na cara. De frases que doem. De verdade ditas (benditas!). Sou prática em determinadas questões: ou você quer ou não”.

Zilda Arns (1934 – 2010)

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Foi fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, organismos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz. Estudou medicina na UFPR, em entrevista ela disse: “Um professor me reprovou no primeiro ano, bem eu, sempre das primeiras da sala. Ele dizia que era absurdo uma mulher cursar medicina. Mas virei pediatra, justo a matéria dele.” No mesmo ano que entrou na faculdade ela começou a cuidar de crianças menores de um ano visando a salvar crianças pobres da mortalidade infantil, da desnutrição e da violência em seu contexto familiar e comunitário.

Maria Quitéria (1792 – 1853)

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Nasceu em Feira de Santana e se tornou militar, heroína de Guerra da Independência e foi considerada a Joana D’arc do Brasil. É a “Patrono” do Quadro de Oficiais do Exército Brasileiro.
Tinha grande habilidade para o uso de arma de fogo e decidiu não obedecer ao pai e se alistar, cortou os cabelos, vestiu-se como homem e inscreveu-se como voluntária para lutar contra as províncias que não reconheciam D. Pedro como imperador. A Bahia tinha grande contingente militar português e apresentou resistência às forças do imperador. Como Medeiros, ela obteve destaque em lutas importantes, sendo condecorada com a Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul.

Olga Benário (1908 -1942)

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Conhecida no Brasil como Olga Benário ou Olga Benário Prestes, Maria Bergner nasceu em Munique e era uma revolucionária que defendia o comunismo e lutava para acabar com as desigualdades e injustiças sociais.
Lutou pelos seus ideiais desde muito nova, tendo ingressado no movimento comunista com 15 anos, foi presa por diversas vezes e planejou ataques junto a seus colegas de militância.
Veio ao Brasil ao ser designada, junto com outros estrangeiros, para acompanhar Luis Carlos Prestes em seu retorno ao Brasil, com a finalidade de liderar um movimento armado que tinha o apoio de Moscou, e que instaurasse um governo revolucionário no País, a Coluna Prestes. Passou por sua esposa até que os dois se apaixonaram e começaram a viver juntos.
Viveu clandestinamente, antes e depois de vir ao Brasil, retornando à Europa quando foi extraditada por ordem do STF para a Alemanha, onde morreu em uma câmara de gás.

Bertha Lutz (1894 – 1976)

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Uma das figuras pioneiras do feminismo no Brasil, era zoóloga e estudou ciências naturais em Paris, na Sorbonne. Na França, adquiriu grande consciência feminista. No Brasil, ela buscou a igualdade de direitos jurídicos entre os sexos e tornou-se a segunda mulher a ingressar no serviço público, tornando-se secretária do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Fundou a Liga para Emancipação Intelectual da Mulher e a Federação Brasileira para o Progresso Feminino, representou o Brasil na Liga das Mulheres Eleitoras, realizada nos Estados Unidos. Também fora eleita suplente para deputado federal em 1934, sendo que em 1936 assumiu o mandato. Aspirava por mudanças na legislação trabalhista com relação ao trabalho feminino e infantil, e até mesmo a igualdade salarial.
Na Revista da Semana afirmou: “As mulheres russas, finlandesas, dinamarquesas e inglesas (…) já partilham ou brevemente partilharão do governo, não só contribuindo com o voto como podendo ser elas próprias eleitas para o exercício do Poder Legislativo (…) Só as mulheres morenas continuam, não direi cativas, mas subalternas (…) Todos os dias se lêem nos jornais e nas revistas do Rio apreciações deprimentes sobre a mulher. Não há, talvez, cidade no mundo onde menos se respeite a mulher.”

Nísia Floresta (1810 – 1885)

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É considerada a primeira jornalista feminina do Brasil, tendo como principal legado o livro Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens, de 1832, que traduziu e publicou – quando as brasileiras mal sabiam ler. Também foi a primeira feminista de que se tem notícia e afirmou que a vantagem masculina estava só na força física. Por ela, mulher ocuparia até posto de general. Nísia deixou o marido para assumir um romance proibido. Produziu 15 livros e criou, no Rio de Janeiro, uma escola para ensinar matemática e história para meninas, ganhou destaque como educadora nas escolas femininas que criou. Também apoiou o movimento abolicionista e republicano.

Anita Garibaldi (1821 – 1849)

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Ana Maria de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita Garibaldi, foi a companheira do revolucionário Giuseppe Garibaldi, sendo conhecida como a “Heroína dos Dois Mundos”. É considerada uma das mulheres mais fortes e corajosas da história.
Ana Maria resolveu abandonar o seu infeliz matrimônio para que ao lado do revolucionário italiano marcasse a História com o nome de Anita Garibaldi. Aprendeu a manusear armas de fogo e teve como rotina os riscos de guerra e as constantes batalhas. Participou, junto com o marido, das guerras de Unificação da Itália.
Referências:
 Fonte: Sapôtomica 
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