TEMPO PARTE FINAL

Venha realizar meus sonhos, saciar meus desejos e sucumbir de prazer...


Espanha – Madrid - Lo siento, señora! - Mis condolencias. - Señora Hernández puede contar con nosotros. Rio de Janeiro – 4 meses antes - Elisabeth, pensou sobre a minha proposta? - Pensei Angélica. E minha resposta é não. - Por quê? Nós nos amamos! Não entendo. - Já conversamos sobre isso. Quero investir na minha carreira de dançarina. - Indo para a Espanha com o Senhor Alfonso Hernandez? - Exatamente! - Isso não impede de nos casarmos. Iremos juntas para a Espanha, assim que eu... - Não daria certo, Angélica. Acredite! - Elisabeth, por favor! Não faça isso comigo. Eu te amo tanto! - Sinto muito, Angélica, mas não posso perder essa chance! Talvez seja a única que eu tenha. Uma semana depois, eu estava na Espanha, na casa de Alfonso Hernandez. Ele era um dos homens mais ricos do país. Logo que cheguei à Madrid, ele me deu um colar de esmeraldas. Nossa! Eu nunca tinha visto algo tão lindo! A jovem mulher que conheci no Brasil, me ajudava, traduzindo o que Alfonso dizia. Sem perder tempo, entrei para um curso de espanhol. Em pouco mais de um mês, eu já conseguia entender Alfonso Hernandez. Com seu prestígio, Alfonso conseguiu que eu me apresentasse no Teatro de Madrid. Na plateia, as pessoas da mais alta sociedade do país. Minha apresentação foi um sucesso! Saí até nos jornais e revistas. Eu estava hospedada na casa de Alfonso. Certa noite, ele bateu à porta de meu quarto. - Elisabeth! Eres la mujer más hermosa que he conocido! - Obrigada, Alfonso! - Me gusta el sonido de tu voz! Es sexy! Baila para mi? Dancei para Alfonso. Ele ficou em êxtase! E implorou para que eu me entregasse a ele. E eu... Bem... O agradei! Afinal, ele estava sendo tão gentil comigo! - ¡Ah! Hermosa mujer! Mi amada! Cásate conmigo! - Casar com você? Mas... - Por favor! Em duas semanas, eu me tornei a Senhora Elisabeth Hernandez. Alfonso era um homem carinhoso, gentil, me agradava com presentes, jóias, perfumes... E me idolatrava! - Usted es muy sabrosa! Mi esposa! Ele ficava louco! Principalmente, quando eu o deixava usar as algemas. - Ah, Alfonso! Possua-me! Faça de mim o que quiser! - Mujer deliciosa! Te amo, Elizabeth! ................................. - E agora, Clarice? O que eu vou fazer? - O que o Senhor Hernandez te pediu, antes de morrer. Ser feliz! - Como vou conseguir ser feliz sem ele? Como? Um mês após a morte de Alfonso Hernandez, ouvi a leitura do testamento. Chegando em casa, conversei com Clarice, secretária do falecido Alfonso. - Ele deixou tudo para mim, Clarice! Dinheiro, as empresas, as lojas, a casa, os imóveis... Eu nem sei como cuidar de tudo isso. Alfonso foi o melhor homem que conheci. Não vou conseguir viver sem ele. - Senhor Hernandez a amava, senhora. - E eu o amava também. Vou amá-lo para sempre! Dias mais tarde, Clarice bate à porta do meu quarto. - Com licença. Há uma pessoa na sala de estar aguardando para falar com a senhora. - Quem é? - Senhorita Angélica, do Brasil. Angélica? O que ela está fazendo aqui? Usei um vestido sensual e fui receber Angélica. - Angélica! Que surpresa boa! - Como vai, Elisabeth? Bom, acho que não precisava perguntar isso, vejo que está muito bem. - Apesar de tudo, estou bem sim. E você? O que faz aqui? - Vim te ver. E falar com você. - Sentiu saudades minhas? Angélica lançou um olhar para mim, que não consegui identificar. Ela se aproximou e disse: - Como pude me enganar tanto com você? - O que?! - Não se faça de desentendida, Elisabeth. Você não vai continuar me enganando. - Do que você está falando, Angélica? - De você, das coisas que fez, das pessoas que enganou... Enfim! A máscara caiu. A sua máscara, Elisabeth! - Se você for mais clara, talvez eu consiga entender do que... - Mentirosa! Você não presta! O tempo todo, sua sogra estava certa. - Não estou entendendo aonde quer chegar. Eu realmente não sei do que você está falando. - Depois que você veio para a Espanha, voltei à sua cidade e procurei o sargento Teles. Ele me contou tudo. - Tudo o que? - Que vocês eram amantes e que queriam se livrar de Roberto, para ficarem juntos e com a grana dele. Eu gargalhei. - Foi essa história que Teles te contou? - Gargalhei novamente. – Bem, eu recebi uma enorme quantia em dinheiro, do seguro que Roberto fez. Se esse era o plano, por que eu não estou com Teles agora? Acho que você deveria ouvir a minha versão. - Tente. Mas vou avisando que não vai adiantar de nada. - É verdade que Teles e eu, tivemos uma tarde de amor. Amor não. Transamos. Mas não éramos amantes. Foi em um momento de fragilidade minha. Roberto havia acabado de sair, depois de me bater e me deixar jogada no chão, machucada e arrasada. Telefonei para Teles, pois, foi a primeira pessoa que me veio à cabeça. Lembrei-me do dia em que transei com Teles. - Elisabeth! O que houve com você? - Roberto me bateu. - Mas por quê? O que houve? - Ciúmes! Ele sempre me bate por ciúmes. Ele imagina que eu o estou traindo, e me bate. Mas não estou! Eu juro! - Vou te levar ao hospital. - Não! Não quero que ninguém saiba disso. Por favor, Teles. Ajude-me, mas não conte isso a ninguém. Eu te peço! - Teles cuidou de meus ferimentos e me colocou na cama. De repente, ele me beijou na boca e começou a passar suas mãos por meu corpo. Ele estava ofegante, suando, e sussurrou: - Ah, Elisabeth! Peço que me perdoe, mas não consigo mais segurar esse desejo que sinto por você. Seja minha, por favor! Só hoje! - E eu deixei que ele me possuísse. Mas foi só esse dia, eu juro! Nunca mais tivemos nada. Ele me procurava, pedia para que eu deixasse Roberto e ficasse com ele, mas eu não faria isso. Apesar de tudo, eu ainda amava meu marido. E tinha minha filha! Quando atirei em Roberto, Teles prometeu que me ajudaria, que iria depor a meu favor no tribunal. Mas ele foi transferido, e nunca mais ouvi falar dele. - E por que ele me disse que vocês eram amantes e que tinham planejado se livrar de Roberto? - Porque ele nunca me perdoou por não ficar com ele, não aceitou que eu não o quisesse. Ele tentou transar comigo diversas vezes, mas eu não transei, e pedi para que ele se afastasse de mim. Essa é a verdade, Angélica. Ela ficou pensativa durante alguns minutos. Depois me abraçou. - Ah, Elisabeth! Você não tem ideia de como eu queria acreditar em você, ouvir de você a verdade! - Você ouviu a verdade. Ainda não acredita em mim? - Acredito meu amor! Acredito sim! Ficamos abraçadas durante algum tempo. Depois, levei Angélica para o meu quarto e fizemos amor. Confesso que senti falta de seus carinhos, de suas carícias, de seu domínio sobre meu corpo, e de sua voz me dizendo: - Ah, Elisabeth! Você é muito gostosa! 2003 - Elisabeth, eu mato você. - Mata nada! Você me ama! - Amo sim! Mas não vou mais suportar suas traições. - Você precisa entender que sou uma mulher insaciável, fogosa, e você não consegue dar conta de mim. - Sua vadia! Roberto me bate. - Isso! Me bate mais! Me bate e me possua! Vem, Roberto! Vem, meu homem! - Ah, Elisabeth! Você me deixa louco! Te amo! Eu o delirava de prazer! Roberto era um cãozinho adestrado em minhas mãos. - Tesão de mulher! Ah, Elisabeth! Numa noite, conversávamos: - Pronto, meu amor! O que você me pediu, já está feito. Se você morrer, recebo 50 milhões de reais. Se eu morrer, é você quem recebe. - Obrigada, amor! Você é o melhor homem do mundo! - Eu não sei como você consegue fazer isso comigo. Você sempre me convence a fazer todas as suas vontades. - Não sabe mesmo? Vou te mostrar porque você sempre faz o que eu quero. Vem me amar, vem! Noite da morte de Roberto - Por favor, Roberto! Pare! Você está me machucando! - Cala a boca! Ele estava me batendo, me machucou demais. Nessa noite, pedi que nossa empregada ficasse em casa para servir o jantar, pois, iríamos receber visitas. Ela presenciou as agressões de Roberto contra mim. - Pare, por favor! Pare! – Eu implorava, em vão. A empregada saiu correndo e chamou a polícia. Mas quando a polícia chegou, já era tarde demais. Roberto estava morto. Eu teria duas testemunhas. Teles, amigo de Roberto, que foi seduzido por mim facilmente, e Maria, nossa empregada. Tudo teria dado certo, se Eva, a megera da minha sogra, não tivesse feito com que Teles fosse transferido para outro Estado, e se Maria não tivesse aceitado o dinheiro que Eva pagou a ela para sair da cidade e desaparecer. Meu plano era perfeito! Mas Eva foi mais esperta do que eu. Dessa vez, eu perdi. Depois de 6 anos, eu ganhei. Com Alfonso foi diferente. Foi muito fácil convencê-lo a fazer o testamento, deixando tudo para mim. Ele não tinha família, filhos, parentes. Alfonso só tinha a mim e à Clarice, sua secretária leal e dedicada. Ele estava doente e eu sabia disso, ele mesmo me contou. Era cardiopata, não poderia ter fortes emoções. Só que, o que eu mais proporcionava a ele, eram fortes e intensas emoções. Ele, pelo menos, morreu feliz. Angélica voltou para o Brasil para resolver seus negócios, e voltaria para morar comigo na mansão que Alfonso me deixou. Hoje sou a viúva de um dos homens mais importantes da Espanha. Clarice continua sendo minha secretária. Bem, não só secretária, afinal, ainda sou uma mulher insaciável e fogosa. - Ah, senhora Elisabeth! Como você faz gostoso! Nunca me fizeram gozar assim! - Quer mais, Clarice? - Quero! Por favor! - Eu farei, mas antes, quero que me possua, do jeitinho que te ensinei. Vem, Clarice! Isso! Assim! Hmmm... E então? De quanto tempo precisamos para conhecer uma pessoa? Para realmente conhecer uma pessoa...
FIM
Qualquer semelhança com nomes e acontecimentos, terá sido mera coincidência. Não são fatos reais.



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A Escritora Rose Madeo tem 16 textos publicados em seu site, sendo, 14 Contos Eróticos, 1 Conto de Amor e 1 Crônica. Em seus textos, a escritora mistura a fantasia com a realidade, procurando sempre abordar assuntos polêmicos como Preconceito, Discriminação, Violência e Pedofilia. Sua marca registrada, além do erotismo sensual, é o suspense, onde seus leitores demonstram a ansiedade pelos próximos capítulos. Os textos são voltados para a Comunidade LGBT, mas Rose Madeo também tem leitores heterossexuais, que sabem reconhecer quando a história é boa e é isso o que importa. Com um Conto inédito, participará do Livro “Antologia Café Com Verso”, que será lançado em agosto, na Bienal do Livro de São Paulo. Em busca de apoio, incentivo cultural e patrocínio, a escritora prepara alguns de seus Contos para a publicação de seu primeiro livro solo. Rose Madeo faz parte da ANE – Associação Niteroiense de Escritores e é Colunista de Contos Eróticos no site “Parada Lésbica”. Além de Escritora, Rose Madeo é Produtora de Vídeos e no momento, produz vídeos de poesias.
 Site oficial da Escritora Rose Madeo: www.rosemadeo.com
 Parada Lésbica: http://paradalesbica.com.br 
Canal no Youtube:http://www.youtube.com/user/mrproducoes2005






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