O adeus a Vange Leonel, cantora, ativista da causa LGBT e escritora





14/07/2014 - 20h50

A cantora, escritora e ativista da causa Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT) Vange Leonel morreu aos 51 anos na tarde desta segunda-feira (14), em São Paulo. A causa da morte foi um câncer no ovário que teria evoluído para uma metástase, segundo as notícias publicadas em vários sites de informações.

Há 20 dias ela descobriu um câncer no ovário, com metástase na membrana que envolve os órgãos da região abdominal. Vange estava internada no hospital Santa Isabel, setor particular da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. A informação foi confirmada no Twitter da jornalista Cilmara Bedaque, com quem Vange foi casada por 28 anos e com quem mantinha um blog sobre cervejas artesanais no site da revista “Carta Capital”.

“Estou vivendo o pior momento da minha vida. E não, não posso responder perguntas porque minhas mãos estão ocupadas com as dela”, escreveu Cilmara.

Vange Leonel começou a carreira na música como vocalista da banda de rock pesado Nau, que em 1987 lançou o primeiro disco (homônimo). Como integrante do grupo, ela participou também da coletânea independente “Não São Paulo II”, que saiu pelo selo Baratos Afins.

Em 1991, Vange lançou o primeiro disco solo que tinha como título o nome dela. Foi um sucesso, especialmente pelo single “Noite Preta”, tema de abertura da novela “Vamp”, da Globo. Do álbum também faziam parte “Mulher Lobo” e “Esse Mundo”, além de uma versão para “Divino Maravilhoso”, de Caetano Veloso e Gilberto Gil. “Vermelho”, segundo trabalho solo da cantora, chegou às lojas em 1995, mas não teve o mesmo êxito.

Como escritora, Vange lançou os livros “Lésbicas” (1999), “ Grrrls: Garotas Iradas” (2001), “As Sereias da Rive Gauche” (2002) e “Balada para as Meninas Perdidas” (2003).

Despedida

A morte de Vange causou comoção entre ativistas, políticos e artistas. A militante transexual Jovanna Cardoso, coordenadora municipal de Direitos Humanos de Picos ( Piaui), disse que a cantora foi sua inspiração. "A Vange foi o meu renascimento para a vida. Q quando lançou a música ‘Noite Preta’, ela me trouxe de volta a vontade de viver e amar, eu me via na música. Amo a Vange. Para sempre, Vange."

José Araújo Lima, presidente do Espaço de Prevenção Humanizada (Epah) se mostrou inconformado com a morte da cantora. “Conheci Vange Leonel há cerca de 15 anos durante a organização do Festival Mix de Cinema. Na época foi o encontro do fã com a estrela. Vanja partiu sem cair no comum, continuou sempre um dos diferenciais de uma época de ebulição cultural.”

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL) se manifestou via Twitter): "Que dias estranhos... Acabo de saber do falecimento de minha amiga amada, parceira de luta e artista admirável Vange Leonel. Tristeza. Não tenho detalhes, mas soube que Vange Leonel lutava bravamente contra um câncer. Não tenho mais palavras no momento.Que dor!"

"Vange Leonel, mulher de extraordinária coragem", escreveu a jornalista Monica Waldvogel, do GNT e da Globonews.

Angelica Morango, ex-BBB, foi outra que deixou sua mensagem de despedida na rede social: "Vange Leonel, que infelizmente nos deixou hoje, foi uma grande referência pra mim, assim como a também ativista Nina Lopes e tantos outros blogueiros e ativistas que fizeram e fazem diferença. O meu muito obrigada!"

"Vange Leonel, ídola que só conheci pelas palavras. Agressiva na maravilhosidade. É assim nossa passagem por terra firme e não cansa de assustar", postou a cantora pernambucana Karina Buhr.


Fonte: http://www.agenciaaids.com.br/noticias/interna.php?id=22467
 

Share on Google Plus

SAPALÉSBICA

Espaço voltado para todo publico LGBT e para aqueles que visam igualdade, respeito e amor acima de tudo.Temos como objetivo fornecer informação e entretenimento de uma forma bem descolada Entre em contato conosco através do nosso e-mail oficial sapalesbica@hotmail.com Sigam as nossas redes sociais e fique por dentro de tudo que rola por aqui!
    Blogger Comment
    Facebook Comment

0 comentários :

Postar um comentário