01/05/2014:
Professora da Uespi faz pesquisa sobre a saúde de mulheres lésbicas e bissexuais
A professora do curso de Medicina
da Universidade Estadual do Piauí, Drª Andréa Cronemberger Rufino,
desenvolve um estudo sobre o atendimento médico oferecido para mulheres
lésbicas e bissexuais no Brasil. A pesquisadora entrevistou mulheres das
cinco regiões brasileiras. As cidades escolhidas foram: Manaus, São
Paulo, Teresina, Brasília e Porto Alegre.
Ao
todo, 580 entrevistadas responderam um questionário que indaga sobre a
prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis- DST’S- e a qualidade dos serviços médicos ginecológicos disponíveis para elas.
Andrea
conta que a principal motivação da sua pesquisa foi a constatação da
dificuldade destas mulheres em terem um atendimento ginecológico
satisfatório. “Elas reclamam dos aparelhos usados
para a realização de exames, como por exemplo, o espéculo vaginal,
instrumento com o qual o médico é capaz de enxergar, e examinar, o
interior da vagina da paciente”,explica. A médica afirma que as mulheres
se sentem violentadas porque, na maioria das vezes, não são acostumadas
com a penetração.
Drª Andréa Rufino durante oficina sobre Atenção Integral à Saúde de Mulheres Lésbicas e Bissexual", evento que aconteceu em Brasília entre os dias 23 a 25 de abril
Em entrevista ao portalODIA.com, Andréa Rufino, defende que os médicos
brasileiros estão aptos para consultar mulheres lésbicas e bissexuais,
mas o problema que gera a insatisfação destas, se deve à falta de
diálogo entre ambas as partes. “O médico não pergunta como elas fazem
sexo e nem elas falam. É importante lembrar que prática sexual é
diferente de como a mulher se identifica sexualmente”, ressalta a
professora, exemplificando que uma mulher pode fazer sexo com outra e se
intitular como heterossexual.
Sobre
a prevenção de DST’S, a pesquisadora revela que há maior possibilidade
da transmissão de doenças quando uma das parceiras está menstruada. O cuidado deve
ser redobrado porque pode haver contato sanguíneo. “Todas as pessoas
precisam se proteger no ato sexual. No sexo entre mulheres é necessário
que cuidados básicos sejam tomados, como: manter as unhas sempre
aparadas, colocar camisinhas nos vibradores e brinquedos utilizados
durante o sexo”,explica.
A
publicação dos resultados da pesquisa está prevista somente para o
segundo semestre deste ano. Além de professora da Uespi, Andrea
Cronemberger Rufino é Ginecologista, com atuação em sexualidade e faz
parte do Núcleo de Pesquisa e Extensão da Saúde da Mulher.
Fonte: http://www.portalodia.com/
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