1. O primeiro flerte
Você não sabe como flertar com uma
mulher, como saber se ela é do babado, se existe a possibilidade de ela
corresponder. Caramba, e se ela corresponder? O que eu faço? Não posso
beijar aqui no meio da faculdade na frente de todo mundo (posso?). Será
que se eu adicionar no Facebook vou parecer uma louca stalker? Tá, mas e
no beijo, como eu faço? Posso passar a mão na bunda, no peito? Será que
eu digo que nunca fiquei com menina antes? Socorro!
Daí você dá aquele “Oi!” esquisito com
um sorriso meio torto parecendo o Sheldon (the big bang theory)
espantando a guria pra bem longe pra sempre.
2. O primeiro sexo
Onde eu pego? Onde eu encosto? Como eu
faço? Em que velocidade? Em qual posição? Meu deus, quais posições
existem? Mas será que eu já chego assim tirando a roupa ou espero ela
tirar primeiro. Será que ela vai querer me chupar também? E se eu não
gostar? Ai, cara, e se o gosto for meio estranho, todo mundo fala que é.
Será que eu enfio uma camisinha no meu dedo? Como é que faz essa
bendita tesoura que todo mundo diz? E se ela não gozar? Como eu percebo
se ela estiver fingindo? Sheová!!!
Daí você esquece da preliminar (ou
demora demais nela), se enrosca na hora de tirar a blusa, dá aquela
mordidinha um pouco forte demais, cai da cama sem querer, escuta seu
primeiro “pum vaginal” e acha que tem algo de errado com você, e se
esconde embaixo do cobertor.
3. O primeiro ataque homofóbico
Você está belíssima e diva no
restaurante/bar/pub com a sua ficante e um grupo de amigas. Todas rindo,
consumindo, bebendo, se divertindo pra caramba. Claro que, no meio do
xaveco todo, vocês dão as mãos, fazem aquele carinho no braço uma da
outra, dá uma risadinha deitando a cabeça no ombro dela, chega o
rostinho perto, dá um selinho pra ficar mais próxima… Ai chega o gerente
na mesa, te cutuca e diz: “Oi, será que vocês podem maneirar um pouco?
Os clientes estão incomodados.”
E agora? Se esconde embaixo da mesa? Se
afasta da ficante? Paga a conta em silêncio e vai embora? Mete a boca no
trombone e xinga o pai de coxinha e a mãe de empadinha? Grita que os
incomodados que se mudem? Daí você dá tela azul da morte do windows
*PAM* e fica travada por 3 segundos (que internamente parecem 3
séculos).
4. A primeira compra de um item “masculino”
Passeando no shopping, dia de comprar
umas coisas básicas novas pra abastecer o guarda-roupa: meias brancas
comuns, camisa xadres, camisetas do setor infantil tamanho 14 pra
dormir, samba canção pra usar como shorts em casa, cueca boxer pra
dormir – porque é super confortável, desodorante masculino – porque você
detesta o cheiro doce e floral dos femininos, gel fixador… Passa tudo
no caixa, a atendente olha pra você:
“Embrulha pra presente?”
“Não.”
“Mas…”
“Não, moça, é tudo pra mim mesma. É.”
“Não.”
“Mas…”
“Não, moça, é tudo pra mim mesma. É.”
5. O primeiro babaca inconveniente
Eba, dia de finalmente levar a namorada
naquele churrasco de família, com os tios, tias, primos, vô, vó, todo
mundo reunido. Você ainda não é assumida, ou é, mas a família tá
fingindo que nada acontece, então você chega com a sua “amiga”,
apresenta como “amiga” e todo mundo trata como “amiga”. Dali a pouco
chega um primo: “Nossa, gata essa tua amiga, heim? Apresenta ela pra
mim.”
Apresento. Apresento a minha mão no meio da tua fuça! Vaza daqui muleque! Que desaforo! Me respeita!
Fonte: Sapatômica
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